Era dia 01 de abril, exatamente às 15h53 da tarde, quando recebi uma mensagem do produtor do Shark Tank Brasil – 9ª Temporada. Eles estavam em busca de negócios promissores, e a Fau Ferreira havia nos indicado.

Sim, a Fau já havia me pedido autorização para passar meu contato, caso eu estivesse interessada. E, sendo bem sincera, disse “sim” pela minha filosofia de não perder oportunidades. Mas, ao mesmo tempo, sentia que talvez pudéssemos melhorar um pouco mais antes de nos expormos em um programa de TV.

E aí eu pensei: temos a startup que mesmo com parte do produto validado (MVP) da edtec e o app precisando ganhar o mundo, será que essa seria a grande oportunidade? A vida toda fomos questionados de porque ser para pessoas negras?. Muitos viam o Pittaco Academy como algo banal, irrelevante ou segmentado demais… Mas nós sabemos o quanto o demarcador social cor é o item número 1, no quesito imagem (pausa para uma grande discussão, mas hoje não). Ir para a TV, enfrentar “os grandes”, que poderiam desclassificar, minimizar e descaracterizar minha ideia… seria humilhante, né? Mas, por outro lado, algo dentro de mim gritava ousadia. E essa mesma ousadia me fez querer enfrentar esse desafio de mostrar ao mundo. A sorte foi lançada, conversei com o sócio e ele não hesitou. Eu conseguia visualizar minha imagem naquele tanque, sendo uma privilegiada por estar lá.

Dois meses de seletiva intensos se seguiram, com a necessidade de cancelar compromissos, reduzir atendimentos e focar completamente em cada solicitação. Sim, Potências, esses dois meses pareceram 15 anos de vida, sem terapia, tá? O sigilo foi mantido firme, assim como a nossa aprovação em cada etapa. Na última fase, fizemos um pitch ao vivo e online. Eu já sentia que tínhamos ganhado. Mas ainda restava a etapa final:  E, enfim, ufa, passamos!

E agora, era hora de comemorar? De pensar na viagem, nas estratégias de tempo, na logística do cenário e em como seria o bendito pitch de dois minutos. Parecia mais uma maratona de obstáculos. Precisávamos comunicar aos nossos clientes e parceiros que estaríamos ausentes no período reservado para as gravações.

Iago Santos foi nosso mentor em todo esse processo, atendendo minhas mil ligações em chamadas de vídeo para decisões rápidas. Chamei também a Priscilla Mércia e Samile Costa para formar uma banca “fake” e criticar meu pitch de todas as formas possíveis (afinal, sou Relações Públicas e precisava estar pronta). Meu marido e sócio, Vitta Regis, fez a parte dele com maestria. E assim, lá estávamos nós, pegando o voo para São Paulo.

A gente também não pode deixar de agradecer a Yasmin Cardim, que tem sido a grande parceira há mil anos atrás, quando a gente começou a conversar com ela sobre a nossa startup, o que é que a gente queria, como a gente queria se posicionar no mundo, e ela praticamente virou um anjo investidor da gente. Ela desde o momento comprou a briga, assumiu a ideia para ela, assumiu a comunicação, e cá estamos nós novamente driblando e se reinventando nesse universo com vários desafios, porque dentro dos bastidores, todo mundo sabe que os bastidores… não costumam mostrar. Alegria e gratidão a Débora Monteiro, por ser nossa parceira eterna das fotos, que consegue aceitar nossas loucuras, minhas ideias bem emblemáticas de como fazer foto e do que fazer exatamente, então ela está sempre conosco também.

Eu mal vivi aqueles dias até a data da apresentação. Mas, o que posso dizer? FOI A EXPERIÊNCIA MAIS INCRÍVEL DA MINHA VIDA NO PITTACO.

O que falar do programa, do time, da produção e de tudo que aconteceu ali? Simplesmente sensacional, potente, único. Tremi até o último segundo, mas o tanque que eu imaginava ser frio e gelado foi, na verdade, o lugar mais acolhedor e caloroso do mundo. Não tenho palavras para agradecer o nível de produção e a energia contagiante daquele espaço.

E os Sharks com o Pittaco? Potência pura!

Agora, pausa tudo e vá conferir o episódio.

– Cáren Cruz.